De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, a proposta que está sendo discutida com os setores econômicos e sociais é que a contribuição sindical seja cobrada dos sócios e não sócios dos sindicatos.
As centrais sindicais estão negociando com o governo a edição de uma Medida Provisória (MP) que vai criar a contribuição para o financiamento das entidades sindicais. A afirmação foi feita pelo presidente da Força Sindical e deputado Federal por São Paulo, Paulo Pereira da Silva, do Solidariedade, em entrevista ao site da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO). Segundo ele, os sindicalistas estão conversando com diversos setores da sociedade, inclusive, com os empresários, para a aprovar a MP no Congresso Nacional. Paulinho diz que a proposta negociada pelas centrais prevê a cobrança da contribuição sindical dos sócios e não sócios do sindicato.
Paulinho acredita que a MP que regulamentará a contribuição sindical será aprovada pelos parlamentares, já que as centrais trabalham para mostrar a importância do custeio para a sobrevivência dos sindicatos. O presidente da Força destaca que a Medida Provisória não está sendo imposta e vai disciplinar a contribuição sindical. As centrais defendem que o percentual a ser cobrado dos trabalhadores sindicalizados ou não, deve ser definido nas assembleias das categorias. Paulinho faz questão de explicar que a extensão da cobrança da contribuição sindical a todos, se deve ao fato de que os trabalhadores sócios ou não serão beneficiados pelas conquistas que constarão na Convenção Coletiva.
Segundo ele, as mudanças nas leis trabalhistas exigem, hoje, dos sindicatos mais qualificação e reestruturação para encarar a nova realidade. A nova legislação exige mais comprometimento dos sindicalistas que terão que intensificar o trabalho de base e realizar o corpo a corpo na porta das fábricas, das empresas e nos postos de combustíveis.
AGENDA POSITIVA
O presidente da Força Sindical defende que o país só voltará a crescer depois que o governo adotar medidas para reduzir os juros e implementar a política de valorização dos salários, com aumento real, para promover a distribuição de renda de forma adequada. Paulinho acrescenta que só através do investimento na educação, saúde, segurança e em programas sociais o Brasil voltará a se desenvolver.
Na próxima segunda-feira (21), representantes da Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central e CSB se reúnem para traçar a agenda de luta do movimento sindical contra a retirada dos direitos e o enfrentamento da crise. As centrais pretendem elaborar uma cartilha unitária para denunciar e orientar a sociedade, em especial a classe trabalhadora, sobre as consequências da reforma e como enfrentar os abusos com a nova lei.
*Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro