• 30/4/2018 – segunda-feira
A lei 13.467/17, imposta por Temer e o Congresso Nacional, terá de ser revogada. O compromisso foi manifestado pelo pedetista Ciro Gomes, pré-candidato do partido à presidência da República, em duas ocasiões na sexta (27), em São Paulo. Ciro é afirmativo: “Essa aberração só trouxe insegurança jurídica, extermina direitos, ataca o movimento sindical de forma covarde e beneficia o grande capital”.
As falas de Ciro, semelhantes no conteúdo e na firmeza, aconteceram de manhã no Seminário 1º de Maio 2018, da União Geral dos Trabalhadores (impactos da revolução industrial – Indústria 4.0 – nos empregos), e à tarde, durante encontro com dois mil sindicalistas de várias categorias profissionais, nos Metalúrgicos de São Paulo (Força Sindical).
O ex-governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), também falou na UGT. Ele criticou a perda de empregos ante as novas tecnologias, defendeu a valorização dos salários e se disse contra o Imposto Sindical.
No Seminário da UGT, Ciro Gomes afirma que vai revogar a nova lei trabalhista
Pacto – Em debate com a plenária, nos Metalúrgicos, ladeado por Miguel Torres, presidente do Sindicato, e Carlos Lupi, dirigente do PDT, Ciro Gomes advogou a união nacional em torno de um projeto desenvolvimentista. Ele aponta: “O pacto que o País precisa tem de reunir a classe trabalhadora e o setor produtivo”. Ele criticou os juros altos, que, em sua opinião, castigam o segmento produtivo. Também prometeu destravar o financiamento pelo BNDES.
Trabalhismo – Para Ciro, a atualidade do trabalhismo é clara, “pois seus eixos são o nacionalismo, a proteção ao trabalho e o combate à pobreza”. Quanto ao projeto neoliberal, que hoje comanda o País, ele bateu: “Nem o FMI tem mais coragem de defender o neoliberalismo”.
Metalúrgicos – Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SP e Mogi das Cruzes e da Confederação (CNTM), considerou a visita de Ciro Gomes ao Sindicato muito esclarecedora. De acordo com o dirigente, Ciro sempre teve relações com a entidade e a categoria gosta muito dele.
“Ciro também apoiou o Plano de Renovação Veicular e ações que expressem um programa de Estado, um projeto de desenvolvimento para a Nação. A questão da reforma da Previdência é mais um ponto em comum com o nosso pensamento. Por fim, outra convergência de ideias é sobre o aumento salarial, ou seja, fortalecer os salários, aumentar o consumo, fazer a economia girar”, explica Miguel.
UGT – O presidente Ricardo Patah destaca que o Seminário reafirma a tradição ugetista de marcar o Dia do Trabalhador com o debate de temas do interesse da classe. Ele diz: “Estamos em meio a grande turbulência, principalmente porque a lei trabalhista ataca os direitos e o próprio sindicalismo. Por isso, a UGT prefere refletir com as entidades da nossa base”.
MAIS – A Agência Sindical continuará a repercutir esses temas e os atos do Dia do Trabalhador em todo o País.