BONITA HOMENAGEM A TENORINHO, NA CÂMARA MUNICIPAL DE SP

Um evento de reverência à memória e também um reencontro de combatentes sindicalistas e comunistas. Assim pode ser sintetizada a sessão solene na Câmara de São Paulo, dia 23, em homenagem a Luiz Tenório de Lima (Tenorinho), sindicalista histórico, ex-dirigente do PCB e também vereador na Capital nos anos 80. Ele faria 100 anos dia 23.

Luiz Tenório de Lima foi um dos maiores dirigentes sindicais brasileiros durante mais de meio século. Ele se destacou ainda no final da década de 1940, quando o sindicalismo lutava pelo Abono Natalino – em 1963, o presidente Jango transformou em lei o direito ao 13º salário.

Nos anos 90, já com idade avançada, Tenorinho ajudou a fundar a Nova Central Sindical de Trabalhadores e apresentou, diariamente, na Imprensa FM, o “Bom Dia, Companheiro”, uma espécie de tribuna livre, e ampla, do sindicalismo nacional. O jornalista João Franzin, da Agência Sindical, foi um dos produtores do programa.

A sessão solene foi proposta, e dirigida, pelo vereador Toninho Vespoli (PSOL). Três Centrais, Federações, Confederações e dezenas de Sindicatos participaram.

Valor – As qualidades políticas e morais de Tenorinho foram destacadas em todas as falas. De Guarulhos, o metalúrgico Helenildo (Nildo) Queiroz Santos afirma: “Tenório ajudou muito o sindicalismo de Guarulhos. Nossa presença nesta cerimônia é um reconhecimento a esse apoio e à coerência de um homem que enfrentou a prisão e o exílio, sem nunca esmorecer”.

Antônio Silvan Oliveira, que preside o Sindicato dos Químicos de Guarulhos e a Confederação Nacional da categoria, também participou e fez uso da palavra. “Meia hora de conversa com Tenorinho era uma verdadeira aula de sindicalismo, política e história”, ele conta.

Artur Bueno de Camargo, que preside a Confederação da Alimentação (CNTA Afins), fez questão de dirigir 170 quilômetros – de Limeira a SP – pra participar. Ele comenta: “Aprendi muito com o Tenório, um dirigente corajoso e astuto. Sabia a hora de avançar, mas também o momento de recuar e negociar”.

Vídeo – A Agência Sindical gravou várias entrevistas, que serão exibidas em nossas redes. Vale a pena conhecer mais acerca desse dirigente classista cujo mote era: “Vamos ao que nos une”.

via Agência Sindical ( www.agenciasindical.com.br)

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