Caravana sindical esclarece os impactos da reforma trabalhista na vida do frentista

Os impactos da Lei 13.467, também chamada de reforma trabalhista, para a vida do empregado de postos de combustíveis e lojas de conveniência voltaram a ser tema dos debates nesta segunda-feira (21), entre dirigentes da categoria no Sul do país.

Orientar e qualificar o dirigente sindical para lidar com a nova legislação e as regras do mercado de trabalho – que começam a valer em novembro – com a entrada em vigor da Lei da Reforma Trabalhista, esses são os principais objetivos da caravana sindical que o presidente da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), Eusébio Pinto Neto, lançou no início deste mês. Para debater a conjuntura política e econômica do país, bem como o fim do imposto sindical obrigatório e a negociação que se sobrepõe à lei, Eusébio Neto se reuniu ontem (21) com os cinco presidentes dos Sindicatos dos Frentistas do Paraná. No encontro, os sindicalistas também traçaram estratégias de luta para fechar a negociação salarial 2017 da categoria, que tem data-base em maio.

No encontro com os presidentes de Curitiba, Lairson Sena, Ponta Grossa, Jacir Firmino, Cascavel, Antônio Vieira, Londrina, Vera Lúcia e Maringá, Odair José-, todos sindicatos do Paraná-, Eusébio Neto expôs que os sindicalistas precisam se unir e reagir para garantir na Convenção Coletiva os direitos trabalhistas conquistados ao longo de décadas de luta da classe. Segundo Eusébio Neto, é fundamental que os sindicatos tenham em mente que o cenário é completamente diferente e que é preciso trabalhar a partir desta realidade que se apresenta. Ele disse que esse é um momento delicado, já que os sindicatos terão que se impor para impedir que as empresas, sem escrúpulos, reduzam direitos para aumentar os lucros. A caravana, que percorrerá diversas regiões do país, aborda as mudanças provocadas pela reforma que incidirão sobre as negociações coletivas.

O presidente da FENEPOSPETRO está preocupado também com a precarização das condições de trabalho, já que o posto de combustível é um ambiente insalubre e periculoso. “Precisamos acompanhar essas mudanças e denunciar as situações de risco no posto que põem em xeque a saúde e a segurança não só do trabalhador, mas de toda a sociedade”, completou.

Eusébio Neto afirma que as mudanças exigem nova postura dos sindicatos. Ele disse que as entidades terão que passar por uma reestruturação para conseguir êxito nas futuras campanhas salariais. Para o presidente da FENEPOSPETRO a luta, agora, mais do que nunca, tem que ser unificada para proteger os trabalhadores dos ataques do capital.

NEGOCIAÇÃO

Antes mesmo da Reforma Trabalhista entrar em vigor, os presidentes dos Sindicatos dos Frentistas do Paraná encontram dificuldades para resguardar os direitos e conquistar novos benefícios para os 32 mil trabalhadores da categoria no estado. Os sindicalistas esperam pôr um fim no impasse, nesta terça-feira (22), em mais uma reunião de negociação no Ministério do Trabalho (MT), em Curitiba. Os dirigentes fecharam questão com relação aos direitos conquistados e não aceitam alterações nas cláusulas da Convenção Coletiva.

*Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro

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