“Conspiração na Terra de Carlos Gomes” – Por Fausto – livro do médico e escritor Dr. Hélio de Oliveira Santos, teve seu lançamento realizado na tarde da última sexta-feira (9), na Associação Campineira de Imprensa – (ACI),em Campinas/SP. Entre o público presente, sindicalistas, políticos e advogados entre os quais o e ex-presidente da OAB Federal, Dr. José Roberto Batochio, além do jornalista Celso Raeder, colunista do site Brasil 247, e Francisco Soares de Souza, presidente do Sinpospetro Campinas.
O livro, uma “ficção realista” na definição do Dr. Hélio, ex-deputado federal pelo PDT, eleito por duas vezes prefeito de Campinas/SP, busca desvendar para o público em geral como surgem modelos conspiratórios, que operam segundo premissas de grupos econômicos e se desenvolvem ancorados na judicialização da política e nos juízos convenientemente parciais dos meios de comunicação. “Quero demonstrar como essas tramas degradam a Democracia e, na medida em que destroem reputações, afetam a presunção de inocência que protege cada cidadão brasileiro”, explicou.
O Dr. Batochio, ao abrir o debate, mediado pela advogada e professora de Direito da Unidersidade São Francisco, Dra. Adelaide Albergaria, traçou paralelo entre a narrativa do livro – “escrito com muito talento e propriedade” – e o poder pernicioso das notícias falsas – as chamadas fake-news, nas redes sociais usadas para atacar deliberadamente, e, sobretudo, pessoas públicas. Para o advogado, a falsa sensação de anonimato está entre os motivos que levam as pessoas a repetirem mecanicamente discursos de ódio, críticas infundadas, além de acusações que não se sustentam em fatos concretos. O jurista, ao concluir a sua participação no evento, lembrou que o contexto gerado pela “pós-verdade” muitas vezes serve a propósitos escusos, capitaneados por grupos historicamente contrários à agenda de políticas públicas. Ele lembrou que, em Campinas, a materialização do fenômeno produziu, como efeito nefasto, privar a população de “um homem cujos olhos sempre estiveram voltados para os mais necessitados”.
O jornalista Celso Raeder, em sua fala, classificou como incompatível com o escopo do jornalismo o papel desempenhado pela mídia local durante o episódio da cassação imposta pela Câmara Municipal de Campinas, em 2011, ao então prefeito, Dr. Hélio de Oliveira Santos. “Eu estive aqui na época e sou testemunha de que os meios de comunicação se limitaram a retransmitir relatos do Ministério Público, sem que se apurasse ou se investigasse minimamente as denúncias apresentadas”, criticou.
Para o jornalista, diz muito sobre o estágio de ruína em que se encontram a Democracia e o próprio Jornalismo a postura omissa das organizações noticiosas ante os atuais escândalos que rondam o governo de Campinas: ” Por que agora os jornalistas e o Ministério Público não agem na mesma medida? questionou.
Raeder finalizou seu discurso com a mensagem de que “interromper esse sequenciamento é responsabilidade da qual todo cidadão que preza pela soberania popular não pode se omitir.”
Ao final do evento, o Dr. Hélio revelou que a produção de uma trilogia intitulada “Bicho da Seda” é o seu próximo passo – e anunciou: “ Estou de volta às minhas raízes de escritor e, portanto, muito à vontade para falar, sem reservas, de política e sobre o que mais eu quiser”.
*Leila de Oliveira – Polimidi Comunicação