Fepospetro participa de ato no Consulado da Colômbia contra mortes de sindicalistas

Grupo conseguiu entregar ao vice-cônsul Nelso Concha, carta-protesto, cobrando liberdade de organização sindical e o fim do regime genocida que já levou à morte mais de quarenta sindicalistas somente em 2018

Organizada pela Uni-Américas e outras seis entidades ligadas à Uni-Global Union, sindicato mundial do setor de serviços e que reúne em mais de 140 países cerca de 20 milhões de trabalhadores, a manifestação realizada na manhã da última sexta-feira (14) teve a participação de dirigentes sindicais dos frentistas de SP e dos comerciários. O grupo, formado por cerca de 50 pessoas, exibiu, diante do Consulado da Colômbia, no Itaim Bibi, em SP, faixas cobrando daquele país o fim das mortes e demais violações aos Direitos Humanos. Presidente da Federação Estadual dos Frentistas e membro da diretoria da Uni-Américas, Luiz Arraes em sua fala culpou a omissão do estado colombiano pela escalada da violência contra sindicalistas, “perseguidos e impedidos de desempenhar atividades legais do sindicato, inclusive negociações coletivas”. Márcio Mozane, secretário regional da Uni Global Union, cobrou maior rigor de apuração e a revisão de processos judiciais e investigativos como forma de acabar com a impunidade dos casos de assassinatos de homens e mulheres que lutam pelos direitos coletivos. Ele disse que o documento protocolado será enviado pelo Consulado ao Ministério de Relações Exteriores da Colômbia, que o encaminhará ao presidente daquele país, Ivan Duque. Ainda de acordo com Mozane, até que o governo se decida por aceitar a reivindicação de se estabelecer com as organizações sindicais diálogo honesto e transparente sobre a situação, as manifestações contra os crimes e a falta de garantias de segurança para os representantes dos trabalhadores no país seguirão ocorrendo em Consulados e embaixadas da Colômbia em todo o mundo.

*Leila de Oliveira – Jornalista
*Assessoria de Imprensa da Fepospetro

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