Os trabalhadores em postos de combustíveis e lojas de conveniência do estado de São Paulo terão 5,02% de índice de reajuste de salário, e 9,38 % sobre o vale – refeição. Com a mudança, aumenta para R$ 1.192,00 o piso salarial, sobre o qual incide, ainda, os 30% de periculosidade, e para R$ 17,50 o vale-refeição. Aprovado na manhã desta terça-feira (18), durante a 4° rodada de negociação com a patronal, no Sincopetro, em São Paulo, pelos trabalhadores presentes, o novo acordo, válido até 1° de março de 2018, permite na variação de 0,45% do índice, ganho real em relação à inflação do período, que foi de 4,57%, (fevereiro de 2016 a março de 2017), medida pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo. “Foi uma campanha razoável na medida em que repôs perdas salariais e manteve os direitos conquistados nas negociações anteriores”, analisa Luiz Arraes, presidente da Federação Estadual dos Frentistas- Fepospetro, que unifica a negociação, abrangente a dezesseis sindicatos e a cem mil trabalhadores. O sindicalista lamentou não ter sido possível avançar em relação às demandas antigas da categoria, como a implementação da PLR – Participação nos Lucros e Resultados, mas afirmou que o item segue como bandeira de luta da categoria.
Data-Base: As diferenças salariais referentes a março e abril de 2017 serão pagas em folha complementar ou conjuntamente com o pagamento do salário de maio de 2017.
Conjuntura: O momento econômico, agravado pela agenda reformista e de retirada de direitos do governo Temer está na raiz do agravamento do ambiente das negociações com os patrões, afirma Luiz Arraes. Para o dirigente da Fepospetro, o trabalhador precisa entender que a atual turbulência tem tudo a ver com a agenda regressiva, e que só interessa aos ricos e poderosos, que tenta impor ao país o governo Temer. Arraes alerta que a Greve do dia 28 de abril é oportunidade de o trabalhador demonstrar, nas ruas, a indignação com o atual rumo da política no país.
Assessoria de Imprensa da Fepospetro