As nove centrais sindicais que organizaram a greve geral do dia 28 de abril começam a ocupar Brasília a partir desta semana. Nesta segunda-feira(15), representantes do movimento sindical chegam ao Distrito Federal para realizar protestos e tentar impedir a votação das reformas trabalhista e da Previdência. Eles vão visitar cada deputado e senador e tentar convencê-los a votar contra as duas propostas de reforma.
Na próxima semana, lideranças sindicais de todo o País participarão do movimento “Ocupa Brasília”. As Centrais Sindicais decidiram realizar uma grande marcha no dia 24 de maio em Brasília. Os trabalhadores vão demonstrar sua disposição em combater o desmonte da Previdência Social, dos Direitos Trabalhistas e das organizações sindicais de trabalhadores. Unidas, as centrais esperam levar, nesse dia, 100 mil pessoas para Ocupar Brasília.
Para que o evento possa representar toda a indignação da classe trabalhadora e da sociedade como um todo, é necessária a mobilização dos sindicatos, das federações e confederações. A mobilização contra as reformas da Previdência (PEC 287/16) e trabalhista (PLC 38/17) tem surtido efeitos positivos. A primeira está parada na Câmara depois de ter sido aprovada na comissão especial.
O governo não reúne os 308 votos mínimos para aprova-la, em primeiro turno, no plenário da Câmara. Planeja coloca-la em pauta em junho, quando estima ter entre 320 e 330 votos para aprova-la. Sabe-se lá o que vai fazer para reunir esses votos.
A reforma trabalhista está em discussão no Senado e segue ritmo de debates mais equilibrado que na Câmara. Não que não tenha havido debates na Casa inicial, mas esses não surtiram nenhum efeito, pois o relator lá, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), desconsiderou todas as considerações, sugestões, propostas e alertas dos que divergiam da proposta e do seu conteúdo. A prova disso é que a proposta do governo, que já era ruim, ficou pior. Diap/Tribuna da Imprensa e Época