“Saímos com a expectativa de que os apoios firmados serão relevantes para a continuidade da luta de 23 anos da categoria por emprego, Direitos e melhores condições de vida dos 500 mil trabalhadores frentistas do país. ” – Assim definiu Francisco Soares de Sousa, Presidente da Federação Nacional dos Frentistas – Fenepospetro, a passagem pelo Senado Federal, em Brasília-DF, na quinta feira (07), da comitiva formada também pelos presidentes sindicais Luiz Arraes (Fepospetro), Hélio de Araújo (Goiás), José Felipe da Silva (S. José dos Campos), além de José Lara, advogado da entidade de Goiânia e Sandoval Paulino, assessor da presidência da Fenepospetro. A agenda pelo Senado incluiu reuniões com os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR), Wilder Moraes (PP-GO), Marta Suplicy (PMDB-SP) e ainda José Maranhão (PMDB-PB). Pautou esses encontros a busca por apoio político para evitar o avanço de Projetos de Lei que retiram emprego e Direitos dos trabalhadores. A Senadora Gleisi Hoffmann prometeu apoiar a luta da categoria contra o PLS 407/14, de autoria do Senador Blairo Maggi (PR-MT) “ Nem no Brasil nem no mundo há espaço para a discussão de propostas que visam acabar com vagas de trabalho” analisou. Ela acenou em, juntamente com o Senador Paulo Paim (PT-RS), submeter a matéria para análise em audiências públicas para, posteriormente, ampla discussão em torno do projeto. E recomendou: “Mobilizem a categoria, será preciso forte participação dos trabalhadores, para barrarmos o avanço deste projeto” .
Considerado pelos sindicalistas peça-chave na luta contra o avanço do PLS 407/14, o senador Wilder Martins, relator da proposta, não deu pistas sobre qual será sua linha de atuação frente ao Projeto, porém,após ouvir dos sindicalistas relatos sobre a trajetória de 23 anos de luta do Sindicato dos Frentistas, o parlamentar solicitou ao grupo envio de informações referentes á categoria, tais como número de trabalhadores e dados do setor de combustíveis.
Durante o encontro com Marta Suplicy, a senadora apontou contradições quanto ao teor do PLS 407/14. Para ela, a medida tem poucas chances de ser viabilizada no país por pelo menos os próximos 10 anos. Ela explicou: “Quem vai trocar o óleo? E a questão da segurança, quanto a violência e saúde da população, que desconhece os riscos da atividade de frentista? ”questionou. “Além disso” – continuou, “trata-se de uma questão cultural: No Brasil, as pessoas gostam de ser servidas” – e ponderou: Não vejo futuro pra essa iniciativa, mas vou me informar sobre o assunto e como melhor ajudar, e falaremos novamente” prometeu a parlamentar.
ENCONTRO
Ao final da reunião, Francisco Soares congratulou a parlamentar por sua ida para o PMDB, partido do qual é filiado e presidente do movimento sindical da sigla de Campinas e região. A senadora demonstrou satisfação com o fato, e quis saber sobre o dirigente sindical e números da categoria de São Paulo. Os correligionários se despediram com a promessa da realização de um encontro com a categoria, a ser realizado em São Paulo ou Campinas.
PEC 36
Já no final no dia, a comitiva de sindicalista foi recebida o senador José Maranhão, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. Além de questões pertinentes á categoria, o grupo falou sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 36 e o Projeto de Lei do Senado nº 245. Ambas as iniciativa do senador Blairo Maggi (PR-MT) tramitam no Senado Federal com o propósito de extinguir o caráter compulsório da contribuição sindical. Para tanto, são sugeridas mudanças na Constituição Federal e na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). O Senador Maranhão, que chegou a ter como 1º suplente um dos fundadores da categoria, Antônio Porcino, se comprometeu com a causa, após conversa em que o grupo de sindicalista destacou a importância do tributo para a manutenção das atividades sindicais no país.
Assessoria de Imprensa Sinpospetro Campinas-Leila de Oliveira