A participação das importações no volume total da gasolina vendida no Brasil em fevereiro atingiu 20 por cento, equivalente a 449,4 mil metro cúbicos, maior patamar desde o mesmo mês de 2017, apontou nesta quarta-feira a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em janeiro, o total de importações de gasolina representou 16,28 por cento do total comercializado, enquanto em dezembro esse percentual era de 13 por cento, segundo a ANP.
Apesar de ter quase 100 por cento da capacidade de refino do país, a Petrobras tem visto sua participação no mercado de gasolina cair, frente ao aumento da concorrência com importadores.
A petroleira estatal informou no mês passado que sua participação no mercado de gasolina havia caído a 77 por cento em fevereiro, ante 83 por cento na média de 2017, 90 por cento em 2016 e 96 por cento em 2015, apesar de seus esforços para reconquistar mercado.
O aumento das importações brasileiras de gasolina em fevereiro ocorreu ainda diante de uma queda no volume de vendas domésticas do combustível fóssil.
O volume total de vendas de gasolina C (já com adição de etanol anidro) no Brasil em fevereiro teve recuo de 7,61 por cento em relação ao mês de anterior, para 3,132 milhões de m³, em razão do menor número de dias no mês em análise, segundo a agência.
As vendas de etanol hidratado, seu concorrentes nas vendas, no entanto, caíram 9,77 por cento, a 1,243 milhões de m³. O movimento, segundo a ANP, fez com que houvesse, em fevereiro, aumento da parcela da gasolina na composição da demanda do Ciclo Otto.
“Isso pode estar relacionado à perda de competitividade do etanol hidratado nesse início do ano em função da entressafra da cana-de-açúcar na região Centro-Sul (responsável por mais de 90 por cento da produção nacional)”, disse a agência.
Extraído do portal UDOP*