O presidente da Federação Nacional dos Frentistas, Eusébio Pinto Neto, participou ontem do encontro das centrais sindicais com o presidente Michel Temer.
A retomada do crescimento no país não pode ser feita a custo da precarização e da exploração da mão de obra. A afirmação foi feita pelo presidente da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), Eusébio Pinto Neto, após participar, nesta terça-feira (12) do encontro de sindicalistas e empresários com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto. Ele disse que a retomada do emprego tem que ser imediata para que o país não sucumba com o aumento da recessão, da inflação e consequentemente da pobreza. Eusébio Neto defende uma política econômica que beneficie principalmente as classes menos favorecidas e que promova o crescimento social do país.
Diante das dificuldades apresentadas pelo governo, Eusébio Neto acredita que para se recuperar de uma forma saudável, sem expandir os gastos públicos, o Brasil precisará de um modelo de crescimento baseado em iniciativas do setor privado, em investimentos em infraestrutura pelo governo e na melhoria na qualificação da força de trabalho. Segundo ele, os principais mecanismos para o crescimento econômico em qualquer país, são mercados de trabalho saudáveis, com aumento das oportunidades e de salários. O presidente da FENEPOSPETRO disse que a valorização dos salários nos últimos anos favoreceu a economia, com a circulação do dinheiro em todos os setores do mercado.
Ele lembra que as leis da Reforma Trabalhista e da Terceirização abrem caminho para a exploração e a precarização da mão de obra e que por este motivo os sindicatos devem ficar atentos para impedir que o crescimento econômico resulte no sacrifício da classe operária. Eusébio Neto afirma que nenhuma nação cresce promovendo a desigualdade social e servindo apenas a um setor da sociedade. Ele disse que a Reforma Trabalhista, que determina que o negociado prevaleça sobre o legislado, pode ser uma arma a favor dos empresários. “Na situação de extremo desemprego como vivemos hoje, com 14 milhões de desempregados e mais 15 milhões de informais, a negociação será desigual, ou seja, partirá para o aceita ou fica sem nada. Estamos buscando soluções e não podemos cair em armadilhas, por isso é preciso muita serenidade nessa hora”, completou.
Além da abertura de novas vagas de emprego, o presidente da FENEPOSPETRO argumenta que o país precisa retomar o investimento na educação, através de projetos científicos, que são essenciais e estratégicos para o desenvolvimento do país. “Quanto menos qualificação tiver uma população, menor será sua renda. A educação é que edifica as principais bases de desenvolvimento de uma sociedade”, finalizou Eusébio.
*Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro