Presidente do sindicato dos frentistas do RS relata dimensão da tragédia no Estado

O Sindicato dos Frentistas do Rio Grande do Sul (Sintrapostos) fica na região central de Porto Alegre, a Capital. Nesta quarta, dia 15, às 11h50, a água ainda batia no segundo andar da sede. Sem perspectivas de baixar.
Ângelo Martins preside o Sindicato. Ele resume: “É um cenário de guerra”. Na própria Capital, além do Centro velho, em bairros como Menino Deus e Cidade Baixa, e também na Zona Sul, a água do Rio Guaíba continuava a subir.

O Rio Grande tem cerca de três mil postos de combustíveis e em torno de 30 mil trabalhadores. Esses companheiros foram duplamente prejudicados, explica Ângelo, “enquanto moradores que tiveram suas casas inundadas e na condição de trabalhadores em postos sem operar a partir do dia 2 de maio”.

Os estragos em boa parte dos postos foram de duas ordens. Ângelo Martins explica: “Há os postos alagados e os que foram inundados. Os alagados, aos poucos, podem retomar a rotina de funcionamento. Mas nos inundados a situação é incerta”.

A sede, ocupada pelas águas, não pode funcionar. Segundo o presidente do Sindicato, “tem muitos trabalhadores em abrigos ou na casa de parentes”. A orientação da entidade é que toda a sociedade participe de ações solidárias, a partir de suas famílias ou núcleos de conhecidos.

PIX – Ângelo Martins avisa: “Nosso Sindicato não entrou em campanha de doações via PIX. Tem companheiros nos procurando, com o desejo de ajudar. Mas fique claro que não temos PIX aberto para doações”.
Ele orienta que “doações via PIX ou em gêneros devem ser destinados aos órgãos oficiais, como a Defesa Civil”. E ressalta: “Mas se a pessoa tiver alguma instituição de sua confiança, então, que destine sua doação a ela”.

Logística – As enchentes destruíram estradas e ruas. Portanto, a mobilidade no Estado ficou danificada. Ângelo conta: “Hoje, mesmo que determinado posto seja reaberto, um companheiro não tem como ir ou voltar do trabalho”. Sem contar que muitos desses trabalhadores perderam casa, móveis e mesmo a vestimenta de trabalho.

Nem todos os postos de combustíveis do Estado foram afetados pelas enchentes. O presidente do Sintrapostos conta que muitos estão funcionando e que pelo menos duas distribuidoras – a Raízem e a Vibra – permanecem abastecendo muitos postos.

Família – Segundo Ângelo Martins, a prioridade neste momento é a segurança das famílias. A solidariedade, ele recomenda, “tem que ser um trabalho de formiguinha, ajudando os que estão mais próximos”.

O presidente louva o esforço da categoria. Ele lembra que os frentistas não arredaram pé mesmo durante a pandemia da Covid-19. Ângelo afirma: “Somos profissionais essenciais à economia e à sociedade. O combustível ajuda a mover nosso País”.

Governo – Para Ângelo Martins, “o governo federal, por meio do presidente Lula, tem nos apoiado concretamente e mostrado inteira solidariedade ao povo gaúcho”. A atenção nacional, hoje, ele enfatiza, “seja de pessoas, de entidades sindicais ou de governos”, deve ser nosso Estado.

Fenepospetro – O presidente do Sintrapostos RS agradece os apoios dos dirigentes da categoria. Ele diz: “O presidente Eusébio Neto e outros dirigentes, de outras regiões, têm nos procurado e oferecido apoio. Sou grato a todos e faço questão, em nome da categoria, de reconhecer essa solidariedade”. A palavra de ordem, ele finaliza, é “ninguém larga a mão de ninguém”.

Eusébio Luis Pinto Neto, presidente da Fenepospetro, reafirma a preocupação com o povo do Sul, especialmente em relação à nossa categoria. E diz: “Estamos à disposição. O que pudermos fazer será feito. Vamos juntos ajudar a levantar o Rio Grande do Sul”.

MAIS – Sites do Sintrapostos RS e Defesa Civil do RS.

Via FENEPOSPETRO

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