Proposta de fim da Jornada 6×1 gera polêmica

Um tema que agrada uns e desagrada outros está sendo analisado no Congresso Nacional pelos deputados federais. O fim da jornada de trabalho 6X1, ou seja, seis dias de trabalho e um de folga.

Em 2019 esse tema já foi proposto mas não teve continuidade e agora a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) tenta colocá-lo novamente no cenário através de  proposta de emenda à Constituição (PEC), inspirada no Movimento Vida Além do Trabalho que recebeu 1 milhão e meio de assinaturas favoráveis a ideia.

A proposta é uma jornada de 4X3, (4 dias de trabalho e três de folga) onde a jornada de trabalho semanal que é de 44 horas semanais passa para 36 horas semanais, representando uma diminuição de 8 horas semanais de trabalho.

Para a classe trabalhadora é uma proposta que coloca uma esperança de ter mais condições de passar o tempo com a família e descansando, promovendo uma melhor qualidade de vida tanto física como psicológica, pois terá tempo para relaxar e se afastar de problemas do dia a dia do trabalho.

Já para a classe empresarial, essa proposta gera um efeito catastrófico para o setor da indústria e do comércio, aumentando em cerca de 18% de folha salarial.

Para a Federação do Comércio de São Paulo, jornadas de trabalho são decididas por negociações coletivas e não através de leis ou Constituição.

Para que a PEC possa ser protocolada e comece a ser discutida, precisa de 171 assinaturas, até o final desta matéria (12/11) haviam 160 registradas.

“Lembrem-se: é você, que trabalha em uma escala exploratória, que paga o salário de Deputados que trabalham 3 dias por semana e se recusam a assinar a PEC pelo fim da escala 6×1. E não há nada que esses políticos temam mais do que o povo na rua, e nós contamos com a presença, e a voz, de cada um de vocês”, acrescentou Erika Hilton na publicação que chama o povo para as ruas neste dia 15 de novembro.

Matéria: Evandro Rosa

 

 

Deixe seu comentário