Via Agência Sindical
Entre segunda e terça (5 e 6), o PLC da reforma trabalhista deve ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O movimento sindical, coordenado pelas Centrais e Confederações, concentra esforços junto aos 27 membros da CAE. As entidades tentam evitar o avanço da matéria, que agride os trabalhadores e ataca o custeio sindical.
Diap – A Agência Sindical ouviu nesta sexta (2) Marcos Verlaine, jornalista e assessor do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Ele observa que os apoiadores de Temer atuam com habilidade e coordenação. “Romero Jucá e outros senadores da base governista não são meros jogadores de dama. Eles conversam, ouvem nossas razões, ponderam, mas não perdem de vista seus objetivos”, comenta.
Verlaine observa que a pressão ruidosa nessa fase não ajuda. “Isso o sindicalismo já fez dia 24 de maio. A hora, agora, é de conversa, de expor nossos argumentos e defender as teses ponto a ponto”, orienta. Verlaine alerta: “O capital está buscando garantir os apoios dos senadores. Nós temos que garantir os apoios que já temos e buscar outros”.
Sindicalistas se reuniram com Renan Calheiros dia 31
CTB – A Central mobiliza sua base. Haverá corpo a corpo nos aeroportos e vigília, na Capital Federal. “A militância estará nos aeroportos desde esta segunda (5), abordando senadores. Em Brasília, vamos reforçar o contato com os parlamentares e acompanhar a votação”, diz o secretário-geral Wagner Gomes.
Ele também antecipou à Agência que o comando sindical volta a se encontrar segunda (5), na Nova Central, em SP, para avançar nas definições de uma nova greve geral. “Somente com luta conseguiremos preservar os direitos trabalhistas das perversas reformas de Temer”, destaca o presidente da CTB, Adilson Araújo, no site da entidade. Para Ele, as reformas trabalhista e previdenciária só agravam a crise.
Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, a Central segue com as ações regionais, para sensibilizar os parlamentares a rejeitarem a matéria. “Seguiremos nas ruas e aeroportos, lembrando que quem votar nas reformas não volta ao Congresso”, afirma.
Luiz Carlos Prates (Mancha), da CSP-Conlutas, disse à Agência que a Central orientou a militância a atuar junto às bases dos senadores da CAE durante o final de semana. “Segunda e terça vamos pro corpo a corpo no Senado”, frisa.
Via Agência Sindical