ASSEMBLEIA APROVA NÚCLEO SINDICAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, DO SINPOSPETRO CAMPINAS/SP

nucleo1A luta em  combate à Violência contra a Mulher ganhou importante reforço. Em Assembleia realizada na última sexta-feira (21), o   Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis e Lojas de Conveniência de Campinas (Sinpospetro), aprovou a proposta que estava em discussão: a criação de um departamento específico  para tratar do tema.   O “ Núcleo Sindical de apoio à Mulher Vítima da Violência  e à Igualdade de Gênero”, setor que  funcionará dentro do Sinpospetro, surge em resposta ao  número  crescente  de trabalhadoras mulheres que buscam no sindicato  orientação sobre como agir diante de  casos de violência psicológica , física e moral, no trabalho e no  ambiente doméstico. Francisco Soares de Soares de Souza, presidente da entidade que  reúne  quase duas mil representantes do gênero feminino, entre os  cinco mil trabalhadores do contingente que  congrega em Campinas e Região,  explicou : “ Lidar com violência não é algo fácil e rápido –e exige pessoas especializadas -”. Ao abrir a Assembleia, Raimundo Nonato de Souza, vice-presidente do Sinpospetro-Campinas, afirmou que os resultados que advirão do  projeto que  ali se originava terão, certamente,  importante  impacto social.  Falaram ainda  sobre ideias de  parceiras , os profissionais – colaboradores presentes: Paula Garcia, fundadora da ONG Divina Misericórdia, há 20 anos em Campinas, alertou  para a necessidade de um efetivo  pronto – atendimento  às mulheres que através do  projeto buscarem ajuda: “É no aspecto em que  mais  falha o Poder Público”,  criticou.  Especialista em Odontologia Estética, a  Dra. Vânia Boscolo  enalteceu  o fato de a iniciativa contemplar, em sua grade de atendimento,  tratamento odontológico: “A marca da violência está quase sempre  na boca dessas mulheres” pontuou. Presentes também, os integrantes da equipe jurídica do sindicato, o  advogado Dr. Marcelo Dutra Bley e a Bacharel em Direito, Cleo Faria, destacaram o caráter social  da proposta do sindicato. Cleo Faria salientou ainda  que a iniciativa protegerá as   trabalhadoras da  categoria dos obstáculos encontrados pela maioria das  mulheres  que busca,  nas delegacias específicas,  registrar boletins de ocorrência.   Geanete Franklin, que há 10 anos desenvolve junto à ONG´s trabalho  de  recolocação  profissional e de restauração  emocional  de mulheres com câncer de mama,  destacou, na    capacidade  de atuação dos   membros , a força   vital capaz de  agir e  intervir de maneira eficaz  no problema da violência de gênero.

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Violência Doméstica

 

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 realizou 749.024 atendimentos em 2015 – uma média de 62.418 por mês e 2.052 por dia -, número 54,40% maior do que o registrado em 2014 (485.105). O problema está presente em todas as classes sociais segundo o levantamento, realizado pelo Data Popular e Instituto Patrícia. De acordo com a pesquisa, 54% dos brasileiros conhecem uma mulher vítima de agressões por um parceiro e 56% conhecem um homem agressor;  70% das mulheres acreditam que as brasileiras sofrem mais com a violência doméstica do que em espaços públicos. Metades das entrevistadas avaliam também que as mulheres se sentem mais inseguras dentro do próprio lar.

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