Consumo de etanol cresce 41,8% em sete meses
Fonte: Assessoria de Comunicação da Fecombustiveis
De janeiro a agosto deste ano, o consumo do etanol hidratado subiu 41,8%, alcançando 11,509 bilhões de litros, conforme informações da consultoria Datagro.
O preço do biocombustível tornou-se mais competitivo em relação à gasolina em sete estados mais o Distrito Federal. São eles: São Paulo, onde o preço do produto representa 61,35% do preço da gasolina; Mato Grosso (59,77%); Minas Gerais (61,83%); Goiás (62,56%); Rio de Janeiro (68,61%); Paraná (66,40%) e Paraíba (68,75%).
Todos esses estados representam 62% do consumo total do Ciclo Otto do país, segundo dados da consultoria.
O etanol vem conquistando mais espaço no mix de produção das usinas por conta da queda do preço do açúcar no mercado internacional e, em contrapartida, pelo fato do preço do produto estar mais competitivo.
De acordo com Plínio Nastari, presidente da Datagro, em agosto, o consumo do etanol hidratado bateu recorde de 1,818 bilhão de litros, crescimento de 13,2% ante julho, e de 48,9% em relação a agosto de 2017.
“O etanol, em agosto, bateu o recorde histórico obtido em outubro de 2015, quando foram consumidos 1,75 bilhão de litros”, disse, durante coletiva de imprensa via redes sociais nesta semana.
Ainda segundo Nastari, a participação do etanol hidratado e do anidro, em gasolina equivalente, já representa 44,3% no Ciclo Otto.
“Isso significa que, nos primeiros oito meses de 2018, 44,3% do consumo da gasolina no Brasil foi substituído por etanol anidro e hidratado”, pontuou.
Desde 2000 até o período de janeiro a agosto de 2018, o consumo de etanol vem crescendo no país, com destaque para o estado do Mato Grosso, onde subiu 64,2%, seguido de Goiás (58,6%) e São Paulo (57,8%).
“O Brasil deixou de ser o maior produtor de etanol do mundo em 2006, quando foi superado pelos Estados Unidos. Mas lá, o porcentual de substituição da gasolina ainda é de apenas 9,9%”, comparou.
Moagem – Devido às chuvas e a safra menor, a moagem nas usinas do Centro-Sul ficou 2,3% abaixo de 1º de abril a 1º de outubro deste ano, em relação à mesma base do ano passado.
No período, a produção de açúcar foi 24,1% menor, enquanto a de etanol foi 25,1% menor.