Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos foi forte e amplo

Na véspera de entrar em vigor a agressiva reforma trabalhista de Temer, do Congresso e do grande capital, o sindicalismo mostrou unidade e poder de mobilização. O Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos realizado nesta sexta (10) cumpriu o prometido: protestou, fez greve e principalmente paralisou.

O Dia 10, chamado pelas entidades de base, com forte apoio das Centrais Sindicais na reta final, teve duplo formato: nos locais de trabalho, especialmente fábricas (com destaque para o sindicalismo metalúrgico), foi de massa; nas manifestações públicas agregou dirigentes, militantes, ativistas e grupamentos de categorias mais urbanas.
Juruna – João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, valorizou a unidade do sindicalismo e a capacidade de mobilização. “O protesto de hoje mostra não só nosso repúdio ao corte de direitos. Ele acumula forças para futuras negociações com o patronato, o Congresso e o governo”.

Patah – Outros dirigentes, como Ricardo Patah, presidente da UGT; Antonio Neto, da CSB; Edson Carneiro Índio, da Intersindical, fizeram uso da palavra no carro de som em frente à Catedral. O forte tom de críticas à lei trabalhista que entra em vigor neste sábado (11) se somou a seguidos chamamentos para a necessidade de se resistir, e já.
Vargas – Na análise do consultor sindical João Guilherme Vargas Neto, “a jornada foi cumprida com êxito, dentro do esperado”. Segundo ele, a forte predominância metalúrgica expressa o acúmulo de ações do movimento Brasil Metalúrgico e também se encaixa na campanha salarial da categoria (mais petroleiros, químicos, condutores, professores, bancários, portuários, servidores, comerciários, frentistas, padeiros, alimentação, construção civil e outros também tiveram presença ativa). Ele menciona o cartaz unitário do ato e arremata: “É o acorda peão em marcha”.
Agência Sindical

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