O movimento sindical recebeu muito mal a entrevista do presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra Martins Filho, à Folha de S. Paulo, de ontem (6), segundo a qual “Emprego depende de corte de direitos”.
Em Nota, a Força Sindical, considerou “inoportunas” as posições de Gandra. Diz a Nota: “A nova lei trabalhista, que entrará em vigor dia 11, nada mais faz do que ferir os direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora ao longo de décadas”. E segue: “Entendemos que as declarações do ministro erram na forma e no conteúdo, já que revelam um posicionamento arcaico, demonstram falta sensibilidade social e não valorizam a importância dos representantes dos trabalhadores no equilíbrio das relações entre empregados e empregadores”.
Advogados – A Agência Sindical ouviu Lívio Enescu, Presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo (AATSP). Ele comenta: “O posicionamento do Ives Gandra mostra o isolamento dele dentro do TST. Não traduz o que pensa a maioria dos ministros do Tribunal. Ele está isolado. É triste ver um magistrado que preside a maior instância trabalhista vincular o trabalho ao capital. O trabalho tem de ser vinculado ao social.”
Via Agência Sindical