Via Agência Sindical
O Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST) reuniu quinta (1º), em Brasília, dirigentes das Confederações de diversas categorias, para debater novas ações para reforçar a luta contra os ataques aos direitos trabalhistas.
Segundo o coordenador Artur Bueno de Camargo, a pauta é ampla e crescem as frentes de atuação em face das medidas neoliberais do governo, a agenda do Congresso e de entidades empresariais.
“Temos um foco, que é o combate às reformas previdenciária e trabalhista. Não só isso, porém. Setores do Judiciário, no TST e no Supremo, também adotam posição agressiva contra a classe trabalhadora e a organização classista”, ele alerta.
Para o sindicalista, não há outro caminho se não ir às ruas e mobilizar as bases. “Muita gente não tem ideia do retrocesso que é essa reforma trabalhista. Há coisas absurdas, como a imposição de quitar o contrato de trabalho todo ano, a fim de não acumular passivo trabalhista, a proibição de se buscar a Justiça do Trabalho e tantas mais”, diz.
Artur Bueno de Camargo recomenda manifestações e atos públicos nos Estados. “Penso que devemos fazer encontros em auditórios e locais semelhantes, saindo depois em passeata. Nessa caminhada, precisamos alertar a população sobre a violência dessas reformas”. Paralelamente, o Fórum mantém a rotina de atuação junto aos congressistas. “Mas está difícil. O capital tem muita influência sobre os políticos”, lamenta.
O Fórum também critica o presidente do TST, Ives Gandra Martins, que, mesmo em minoria na Corte, comete veleidades, como a de dizer que trabalhador provocaria acidente pra se encostar na Previdência ou que ingressaria com ação a fim de se enriquecer. “Vamos avaliar a possibilidade de denunciar à OIT o Estado brasileiro e esse tipo de autoridade, que faz tal ofensa aos trabalhadores”.
Prazo – As demandas de curto prazo não inibem outras ações. Para o coordenador do FST, “o sindicalismo não pode mais deixar de lado a questão eleitoral, orientando o trabalhador acerca do voto”. Ele mira as eleições de 2018. “Precisamos reequilibrar a correlação de forças. Com esse tipo de Congresso, esmagadoramente patronal, não haverá como impedir o desmonte do Estado de Direito ou meios de avançar. Os dirigentes têm essa responsabilidade cívica”, alerta
Via Agência Sindical