Não bastassem os ataques dos clientes e de alguns patrões abusivos, os funcionários de postos de combustíveis agora são vítimas dos próprios colegas de trabalho.
O frentista Eduardo Ventura, de 24 anos, foi hospitalizado duas vezes nesta semana após ingerir substância análoga a etanol, enquanto trabalhava em um posto de combustíveis, em Aracaju, Sergipe.
O frentista foi vítima de bullying por parte dos colegas de trabalho. Eduardo Ventura trabalhava no posto há uma semana e, ao beber de sua garrafa, pensou que se tratava de água, mas na verdade era etanol.
A mãe do jovem, Maria Isabel Pereira, registrou um boletim de ocorrência na Polícia. De acordo com ela, um homem entrou em contato com a família e pediu desculpas pelo ocorrido. A mensagem informava que se tratava de uma brincadeira já conhecida no ambiente de trabalho. Ela também denunciou que ninguém prestou socorro ao rapaz. Maria Isabel disse que, apesar da gravidade do quadro, o filho precisou caminhar cerca de 300 metros para buscar ajuda médica.
O Hospital de Urgências de Sergipe informou que o paciente deu entrada na unidade por ingestão de combustível inflamável e apresentando cefaleia, náusea e vertigem. Eduardo Ventura foi atendido, medicado e liberado. Ele chegou ao hospital com dor no estômago e, após uma avaliação médica, foi liberado. Nesta quinta-feira (19), o frentista voltou à unidade com um quadro de ansiedade e, mais uma vez, foi atendido, medicado e liberado.
Nenhum funcionário do posto assumiu a responsabilidade do ato. As câmeras de segurança do local, que poderiam identificar o responsável, não estavam gravando no dia do ocorrido.
Esta é mais uma história triste sobre os ataques sofridos pela categoria em todo país. O que nos deixa mais indignados e perplexos é que essa covardia foi praticada por pessoas que se dizem colegas de trabalho. Quem tem colega assim, não precisa de inimigo.
A diretoria do SINPOSPETRO-RJ repudia qualquer tipo de assédio aos funcionários de postos de combustíveis e lojas de conveniência, que estão sujeitos ao descaso, ao desrespeito, às ameaças de clientes, à relação abusiva do patrão, ao bullying e, sobretudo, a atos desumanos, como o que ocorreu em Sergipe.
Diretoria do SINPOSPETRO-RJ