COMBUSTÍVEIS FICARÃO MAIS CAROS

O álcool, que antes representava uma opção mais econômica, teve elevação de R$ 0,03 para os postos e R$ 0,06 nas bombas

De três em três centavos, o aumento frequente do preço do etanol e da gasolina aperta a margem de lucro dos donos de postos de combustível e, por consequência, o bolso do consumidor.

É bom se preparar novamente, porque a semana começará na mesma toada: com a renovação do estoque de combustíveis,  nesta segunda-feira (9), a expectativa de comerciantes do ramo é de mais um aumento dos distribuidores, que será repassado nas tabelas.

Em Santos, somente nas duas últimas semanas, o litro da gasolina teve reajuste médio de R$ 0,03 para os revendedores (de R$ 2,91 para R$ 2,94), o que refletiu em um acréscimo médio de R$ 0,04 para o cliente final (R$ 3,45 para R$ 3,49).

O álcool, que antes representava uma opção mais econômica para o motorista que tem carro flex, também subiu, com elevação de R$ 0,03 para os postos e R$ 0,06 nas bombas. Fazendo a conta de rendimento entre um e outro (veja no destaque à direita), a gasolina ficou mais vantajosa.

“Por causa do rendimento do veículo, tenho colocado R$ 50,00 de gasolina e R$ 30,00 de etanol”, explica o motorista Ricardo Avelino da Silva, da Vila Cascatinha, em São Vicente. Se não dá para escapar das subidas, o jeito é correr atrás do preço mais baixo. “Tenho rodado em mais postos, porque não dá para economizar de outra forma. Preciso usar o carro todo dia para ir trabalhar”.

Gerente de um posto de bandeira branca na Avenida Conselheiro Nébias, César Denner avalia que a liberdade de preços das distribuidoras e a queda do movimento impedem que postos mantenham preços competitivos durante a crise.

“Nossa vantagem é que fazemos parte de uma rede com mais de 50 postos e, por isso, o preço fica menor”, explica. “Temos um caminhão que traz o combustível de São Paulo, então, não pagamos frete”.

O frentista de um posto Shell na Avenida Afonso Pena, Rodrigo Bergentino da Silva, comenta que o repasse aos consumidores faz parte de um efeito dominó de aumentos. “O Governo aumenta o preço, e o valor vem maior na nossa nota de compra. Então é preciso repassar esses centavos de reajuste”.

FONTE: A TRIBUNA

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