Emprego formal no setor de combustíveis cresce no país

O número de vagas de emprego no setor de revenda de combustíveis cresceu em média 21% no país entre 2010 e 2015. O Amazonas desponta como estado que mais criou empregos, aumentando em 54% o número de contratos no período. Os dados constam na análise elaborada pelo DIEESE para a Federação Nacional dos Frentistas.

Apesar de ter registrado uma queda na vagas de empregos no primeiro quadrimestre de 2017, o setor de revenda de combustíveis continua aquecido por causa do crescimento da venda de gasolina comum. Outro dado que reflete o bom desempenho do setor é o aumento da contratação de novos funcionários. De acordo com a análise sobre o comportamento do emprego no setor feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (DIEESE) para a Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), entre 2010 e 2015 foram abertas 65.837 novas vagas de emprego em todo o país, o que representa um crescimento médio de 21%.

O estado do Amazonas, no Norte do país, foi o que apresentou o melhor desempenho. O número de contratações com carteira assinada nos postos de combustíveis e lojas de conveniência cresceu em média 54%, passando de 3.698 para 5.696. No período, o salário médio no estado se manteve em torno de R$ 1.382,62. O estado maranhão, no Nordeste, é o segundo melhor colocado no ranking do país, com aumento de 51% de novas contratações entre 2010 e 2015.

No estado de São Paulo, que tem 8.960 postos de combustíveis, a maior concentração de empresas de revenda no país, o número de vagas de emprego cresceu 12,5%. Já no Rio de Janeiro, a contratação de mão de obra cresceu 18,5%, apesar de o estado contar apenas com 2.121 postos de combustíveis.

Santa Catarina foi o estado que apresentou maior estagnação na contratação de mão de obra no setor de revenda de combustíveis. De acordo com a pesquisa, o número de vagas de emprego em Santa Catarina cresceu apenas 6.5%. Entre 2010 e 2015 foram abertas apenas 1.295 novas vagas de trabalho. Na região Sudeste, o estado com o pior desempenho foi o Espirito Santo, que apresentou uma alta de cerca de 11% nas contratações.

RENDA

Os trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência do país recebem em média R$ 1.400. Coincidentemente, no estado que menos contratou foi registrada a melhor remuneração dos trabalhadores. De acordo com a pesquisa, os frentistas de Santa Catarina recebiam cerca de R$ 1.661,72, em 2015. São Paulo é o segundo colocado em salários com R$ 1.645,99, seguido do Rio Grande do Sul, com R$ 1.638,50 e do Paraná com R$ 1.586,43. O estado de Alagoas apresentou o pior desempenho na renda média do trabalhador com R$ 1.201,01.

A pesquisa do DIEESE inclui no valor dos salários o adicional de 30% de periculosidade e foi feita com base nas informações de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) e na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)

*Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro

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