O acordo do Benzeno completou 20 anos ontem (28). Segundo a Fundacentro, na época de sua assinatura, o grande debate girava em torno da contaminação de trabalhadores em siderúrgicas, petroquímicas, indústrias químicas, refinarias de petróleo e usinas produtoras de álcool anidro, mas com o passar do tempo, outras questões surgiram. Uma delas é a exposição dos frentistas em postos de gasolina, fato que tem mobilizado a criação de projetos de lei e a realização de audiências públicas voltadas ao assunto.Capitaneadas por entidades de proteção ao trabalhador, pela Federação Nacional dos Frentistas e parlamentares, avança, por todo o país, medidas que objetivam proibir o abastecimento além do limite do automático dos carros, nos postos de combustíveis. Em Santa Catarina, estado pioneiro na iniciativa, a prática é proibida desde janeiro de 2014. Em São Paulo, várias cidades já adotaram a medida, e um projeto de Lei de autoria do Deputado Marcos Martins (PT) prevê a proibição da prática em todo o estado. A proposta, já aprovada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deve em breve ser colocada em votação. Seguindo o bom exemplo, na manhã de segunda feira (28), a Assembleia Legislativa de Cascavel (PR) aprovou em primeira votação o Projeto de Lei 07/2015, de autoria do Deputado Estadual Professor Lemos (PT) em parceria com o Sindepospetro-Sindicato dos Frentistas de Cascavel-PR. Durante a sessão, o presidente da entidade Antônio Vieira Martins usou a tribuna para falar sobre o impacto da exposição ao benzeno na saúde do trabalhador, consumidor e ao Meio Ambiente. Participaram também da sessão os presidentes sindicais Jacir Firmino dos Santos, presidente do Sindicato dos Frentistas de Ponta Grossa-PR, Vera Lúcia Silva, Presidente do Sindicato dos Frentistas de Londrina-PR, a diretoria e os colaboradores do sindicato. O Projeto segue agora para a segunda votação, que acontece já na próxima semana. O presidente sindical Antônio se diz confiante sobre a rápida implementação da medida em todo o estado, que reúne aproximadamente 25.000 trabalhadores da categoria.
Com inf: Sinpospetro Campinas-SP / Leila de Oliveira Foto: Sindicato dos Frentistas de Cascavel-PR