O Globo
27/06/2018 – Durante a paralisação dos caminhoneiros, uma das principais reivindicações dos grevistas era a redução do preço do óleo diesel, utilizado para abastecer seus veículos de trabalho. De fato, na comparação entre a semana posterior à greve e o período entre os dias 17 a 23 de junho, o preço do combustível teve redução nas bombas, de acordo com análise dos números mais recentes do levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Entretanto, gasolina e o etanol tiveram aumento nos preços pagos pelo consumidor final.
No período entre 13 e 19 de maio, uma semana antes do início da greve dos caminhoneiros, a gasolina era vendida, em média, a R$ 4,284 nos postos, em nível nacional. Pouco mais de um mês após, entre 17 e 23 de junho, o derivado do petróleo teve alta de 5,92%, subindo para R$ 4,538. Entretanto, nas refinarias, o cenário foi o inverso. Em 15 de maio, a gasolina era comercializada a R$ 1,9330; já em 23 de junho, passou para R$ 1,8634: redução de 3,6%.
O etanol também apresentou aumento nas bombas no intervalo de pouco mais de um mês. O derivado da cana-de açúcar subiu de R$ 2,784, em maio, para R$ 2,92 em junho, em iguais datas utilizadas acima. A alta no preço do combustível foi de 4,88%.
O único combustível que teve queda tanto nas refinarias quanto nas bombas foi o óleo diesel. Comparando-se a semana de 13 a 19 de maio com a de 17 a 23 de junho, a combustível foi de R$ 3,595 para R$ 3,397: um corte de 5,5%. Nas refinarias, a tendência foi a mesma. Em 15 de maio, o preço do diesel era R$ 2,2236; em 23 de junho, R$ 2,0316: queda de 8,63%.