Reforma trabalhista nivela Brasil a países mais atrasados do mundo

Via Agência Sindical: A reforma trabalhista defendida pelo governo é tão agressiva que rebaixa o próprio patamar civilizatório do Brasil. “O texto, se aprovado, instituirá nas relações capital-trabalho uma desordem jurídica que nos posicionará junto às nações mais atrasadas do mundo”, alerta Lourival Figueiredo Melo, presidente da Feaac do Estado de São Paulo e secretário-geral da CNTC – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio.

A análise foi feita no programa Repórter Sindical na Web, quinta (11) à noite, que será exibido sábado em Guarulhos e terça em Brasília, pelos canais comunitários locais – 12 e 3 da Net, respectivamente. Para conter o retrocesso, é preciso agir de forma coordenada e firme. Lourival defende a denúncia do Brasil à Organização Internacional do Trabalho, que realiza em Genebra sua 106ª Conferência. “Vários pontos da reforma atentam contra as Convenções da OIT das quais o Brasil é signatário”, observa.

Pressão – Na condição de secretário-geral da CNTC – com mais de 800 Sindicatos e 27 Federações – Lourival Figueiredo Melo tem coordenado as tratativas no Congresso Nacional. O roteiro é o documento da Confederação, que analisa ponto a ponto a reforma e indica supressão ou melhorias no texto. Lourival explica: “Procuramos a assessoria técnica do parlamentar. Se há disposição de diálogo, no próximo passo tratamos direto com o senador”. Ele adianta que Romário (PSB-RJ) assumirá quatro emendas, a pedido da CNTC. Outros senadores apresentarão emendas.

Para o sindicalista, cada entidade tem sua forma e método. Ele diz: “Minha experiência orienta que devemos conversar com todos, de todos os partidos. A iniciativa do diálogo tem de ser nossa. Agora, se o parlamentar não quiser dialogar, aí já é responsabilidade dele, que tem mandato”.

Placar – Por meio de sua assessoria parlamentar, a CNTC monitora as tendências de voto e simula um placar. “Hoje, o governo tem dianteira. Mas isso pode mudar, graças à mobilização sindical, ao repúdio popular às reformas e ao crescente desgaste do governo”. Segundo Lourival, a batalha ainda não está decidida e a luta segue. A CNTC orienta suas entidades a participar da greve geral dia 30.
Via Agência Sindical:

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