SINDICATOS LUTAM PARA REDUZIR RISCO DE CONTAMINAÇÃO PELO BENZENO NOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS

Uma verdadeira força tarefa foi montada pelos Sindicatos dos Frentistas do Rio de Janeiro, Bahia e Campinas para incluir na Norma Regulamentadora 9 do Ministério do Trabalho(MT), critérios para avaliação e redução da contaminação do benzeno no local de trabalho. A inclusão do anexo na NR 9, que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, vai definir os critérios dos exames médicos de controle à exposição ao benzeno e trará melhor qualidade aos trabalhadores, já que o Equipamento de Proteção Coletiva(EPC) passará a ser obrigatório. O EPC vai retirar da zona de respiração dos trabalhadores os vapores liberados pela gasolina.

Os representantes dos frentistas do Rio, Aparecida Evaristo, da Bahia Lázaro Souza e Antônio Lago e Raimundo Nonato de Campinas, trabalham juntos para aprovar na Subcomissão de Postos de Combustíveis o anexo que trata da exposição ocupacional ao benzeno em instalações de abastecimento de combustíveis. Para agilizar o processo de regulamentação do anexo, eles pediram que os estudos sejam concluídos nos próximos seis meses, já que as indústrias, que também lidam com benzeno, estavam emperrando os trabalhos. Diante do ultimato dos sindicalistas, o MT se comprometeu a fechar as discussões na reunião da comissão agendada para fevereiro de 2016.

Segundo Lázaro de Souza, a expectativa é de que o Equipamento de Proteção Coletiva seja instalado nos postos de combustíveis num prazo de cinco anos. Ele cita, no entanto, que os postos novos terão que implantar o EPC, a partir da publicação da norma. A inclusão do anexo na NR 9 vai exigir ainda que os resultados dos hemogramas sejam organizados sob forma de séries históricas para facilitar a compreensão e a detecção precoce de alterações hematológicas.

Os sindicalistas correm contra o tempo para que o anexo à NR 9 seja publicado no mesmo prazo da modificação feita na norma 29 do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A norma do Inmetro, determina a mudança das bombas de combustíveis para evitar fraudes. Segundo a vice-presidente do SINPOSPETRO-RJ, Aparecida Evaristo, a ideia é que junto com a troca das bombas também seja instalado o Equipamento de Proteção Coletiva, que vai preservar a saúde e a integridade do trabalhador do posto de combustível.

Estefania de Castro, assessoria de imprensa Sinpospetro-RJ

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