TERMINA SEM ACORDO A 3° RODADA DE NEGOCIAÇÃO DOS TRABALHADORES FRENTISTAS DE SÃO PAULO

Terminou sem acordo a terceira mesa de negociação coletiva  dos 100 mil Trabalhadores em Postos de Gasolina  de São Paulo, realizada ontem (28), das 14h as 17h,  no Sincopetro, em Perdizes-SP. A   Campanha Salarial,  unificada entre  os 16 sindicatos de São Paulo e a Federação Estadual defende principalmente aumento real de 10% sobre o salário – base, hoje em R$1.020,00, aumento no valor do  vale-refeição e no da cesta básica  e implementação da PLR – Participação nos Lucros e Resultados. Na reunião desta segunda-feira, os  representantes dos trabalhadores  classificaram  a oferta de reajuste – a primeira desde o início da Campanha, como incompatível com a realidade econômica do setor e criticaram a escolha de  índice que não cobre sequer  a inflação do período, calculada  11,08% (INPC-IBGE): “Sabemos que estamos numa época difícil para todos, mas sem uma negociação razoável, fica distante o  poder de recuperação salarial” pontou Francisco Soares de Souza, presidente da Federação Nacional dos Frentistas e também do Sinpospetro – Campinas – SP: “ Todos aqui reconhecem a dificuldade que é conseguir viver com pouco mais de mil reais – não podemos aceitar acordo que prejudique ainda mais o  trabalhador” disse.  Assim como nos encontros anteriores, o grupo patronal – SP,  formado pelas entidades Sincopetro, Resan, Regran e Recap,  listou o  “mau momento político e econômico do país” como principal justificativa  à proposta apresentada, bem como aos questionamentos feitos  pelos sindicalistas. À afirmação do presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia (Zeca), de que  aumento real tem sido uma constante nas negociações coletivas,  mas que conjuntura atual porém  alerta para a necessidade de redução de mão de obra, o presidente da Fepospetro, Luiz  Arraes, lembrou que o segmento, no entanto,   sempre apresentou crescimento em nível muito acima dos índices de reajustes concedidos: “São argumentos que  não consideram as  diferenças brutais de  impacto  dos ajustes na vida de um  empresário  e para alguém em condição-limite, como é a do  trabalhador brasileiro” analisou Arraes. Após a realização de 3 pausas às discussões acaloradas que se seguiram, e diante  da decisão final do sindicato dos trabalhadores de não aceitar “proposta  em desacordo com as expectativas e necessidades da categoria”, o grupo concordou em convocar nova reunião para o dia 11/04, as 14h, no Sincopetro.

Assessoria de Imprensa – Sinpospetro Campinas-SP – Leila de Oliveira

 

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