Congresso não tem moral para votar a reforma trabalhista, afirma o presidente da FENEPOSPETRO

Um congresso subserviente e viciado, com partidos envolvidos em casos escandalosos de desvio de dinheiro para caixa dois de campanha, e parlamentares que não prestam contas de seus atos à sociedade. Esse é o retrato do Congresso Nacional que faz negociatas com as oligarquias para votar a reforma trabalhista e retirar direitos dos trabalhadores. Para o presidente da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), Eusébio Pinto Neto, o Congresso não tem moral para propor reformas, incluindo-se aí, o fim da receita dos sindicatos, já que muitos dos seus parlamentares estão envolvidos em escândalos de corrupção.

Ele revelou ser contra a Reforma Trabalhista da forma como é apresentada, pois não há condições de negociar com parlamentares que estão comprometidos até o pescoço, com o capital, ou com a ilegalidade. Não é possível se fazer leis sérias negociando com bandidos. Para discutir a reforma trabalhista com transparência e seriedade, é preciso mudar essa política viciada. Pois então que se convoque uma nova eleição presidencial, com poderes de assembleia constituinte, para a partir daí podermos criar um pacto social com a participação de todos os segmentos da sociedade.

Não bastasse o Brasil ter a maior concentração de renda do planeta, o país, além de pagar um dos piores salários do mundo, ainda tem a sua mão de obra precarizada em vários setores, com trabalho análogo a escravidão em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. O presidente da FENEPOSPETRO condena a disparidade social no país provocada pela concentração de renda, que faz com que um parlamentar que ganha mais de R$ 30 mil por mês, com mordomias financiadas pelo povo, vote a favor de leis que vão empobrecer ainda mais o trabalhador assalariado.

REFORMA TRABALHISTA

O presidente da FENEPOSPETRO defende uma Reforma Trabalhista que melhore as condições de vida do trabalhador. A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) tem mais de 70 anos e precisa de atualizações. No entanto, essas mudanças devem ser postas em prática para beneficiar os mais fracos. O trabalhador brasileiro precisa da proteção do Estado porque vive numa luta desigual como na fábula da Formiga e o Elefante.

Eusébio Neto disse que apesar de alguns considerarem a CLT ultrapassada, a lei tem de alguma forma mecanismos de proteção para o trabalhador, vítima desse capitalismo selvagem e escravagista que se pratica no Brasil em pleno século XXI. O capitalismo no país é predador, e, se precisar, escraviza o cidadão, para não pagar salário e enriquecer às custas da miséria do povo.

INJUSTIÇA

O presidente da FENEPOSPETRO criticou, ainda, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que compõem a elite da pirâmide da burocracia estatal, como verdadeiros magnatas do serviço público que recebem salários irreais. Uma aberração se comparados a dura e triste realidade dos trabalhadores. Eusébio Neto citou como exemplo o poder judiciário que, ao cumprir a sua missão Constitucional de zelar pelas leis, vive num mundo à parte, intocável e inatingível e refratário a qualquer tipo de cobrança e questionamento. Sem dúvida nenhuma vivemos em uma sociedade concentradora, injusta e perversa, cuja elite tenta com estas reformas condenar a classe trabalhadora.

“Não podemos permitir que pessoas sem nenhum comprometimento com o povo brasileiro e com a Nação, façam uma reforma trabalhista retrógrada e fascista, com o objetivo de devolver o trabalhador à escravidão, preso aos grilhões da miséria e da indigência social”, finaliza Eusébio Neto.
* Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro

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