Congresso retoma trabalhos após manifestações do povo nas ruas

A tomada das ruas no Brasil, na última sexta-feira (28), e as comemorações do Dia 1º de Maio, servirão de pressão na abertura dos trabalhos no Congresso nesta terça-feira(2). O presidente da Federação Nacional dos Frentistas ( FENEPOSPETRO), Eusébio Pinto Neto, acredita que a força das manifestações populares mudará o rumo das propostas no Congresso Nacional. No Rio de Janeiro, os protestos foram marcados pela truculência da polícia contra os trabalhadores.

Mesmo com os ataques do governo e das polícias do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, que tentaram abafar os gritos do povo contra a corrupção e a retirada de direitos, as manifestações ocorridas em todo o Brasil, na última sexta-feira (28), foram vitoriosas. Elas serviram para mostrar a união e a força do trabalhador para derrubar as reformas em curso no Congresso Nacional. Para o presidente da FENEPOSPETRO, Eusébio Pinto Neto, a adesão dos trabalhadores ao movimento mostra a insatisfação do povo contra o governo e com os parlamentares que ditam as regras e aprovam leis prejudiciais à sociedade. De norte a sul do país, os trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência mostraram a força da categoria e foram às ruas protestar contra as reformas.

Segundo Eusébio Neto, a semana será decisiva para a classe trabalhadora, já que a retomada dos trabalhos no Congresso mostrará o resultado das manifestações nas ruas. Apesar de o governo levar adiante o projeto de acabar de vez com direitos trabalhistas, o grito do povo nas ruas balançou alguns parlamentares que temem ser rejeitados nas próximas eleições, caso votem contra o trabalhador. Eusébio Neto destaca que ainda há muita luta pela frente, e que o trabalhador precisa sair da zona conforto para defender os seus direitos. “Essa foi a primeira grande manifestação, mas a fome dos políticos é maior e por isso precisamos organizar novas ações para enterrar as propostas do governo Temer”.

Eusébio Neto diz que a semana será decisiva também para o movimento sindical se articular e renovar as forças para novos embates. Ele parabeniza os dirigentes dos Sindicatos dos Frentistas de todo o país, que organizados, foram às ruas defender os direitos dos trabalhadores. “Neste momento delicado para o país, os frentistas mostraram coesão e força. Tenho orgulho de liderar essa categoria”, frisa.

O presidente da FENEPOSPETRO afirma que os ataques das autoridades contra os trabalhadores serão respondidos nas urnas em 2018. Os partidos que acobertam políticos corruptos e que legislam em causa própria serão execrados pela população nas urnas. A voz do povo ainda ecoa nas ruas e reverbera no Congresso.

FRENTISTAS

SUDESTE

RJ- No Rio de Janeiro a manifestação dos trabalhadores, na última sexta-feira (28), foi marcada pela truculência da Polícia Militar do estado. Dois dirigentes do Sindicato dos Frentistas do Rio de Janeiro foram atingidos por bombas de gás lacrimogênio e desmaiaram. O presidente da Federação e também do sindicato do RJ, Eusébio Neto, conseguiu abrigo para a diretoria num posto de combustíveis, que fica próximo ao local dos protestos. Imagens captadas por um dos diretores do sindicato, minutos antes do início da confusão, mostra que a manifestação seguia pacifica e ordeira. No Rio de Janeiro, os manifestantes levaram para as ruas cartazes com fotos e nomes dos políticos que votaram a favor da Lei da Terceirização e a reforma trabalhista.

NITERÓI- Além das manifestações na Cinelândia, no centro do Rio, o Sindicato dos Frentistas de Niterói participou do fechamento da ponte Rio-Niterói, principal acesso da região metropolitana ao Rio de Janeiro. A ponte ficou interditada por mais de uma hora, no início da manhã.

SP- Os dirigentes dos frentistas de Campinas, Sorocaba, São João da Boa Vista, Ribeirão Preto e Osasco também foram às ruas. Em Campinas o presidente do Sindicato, Francisco Soares, foi ovacionado ao gritar para o povo um FORA TEMER. O presidente do Sindicato dos Frentistas de São João da Boa Vista, Orivaldo Silva liderou as manifestações na cidade. Em Osasco, o presidente da Federação dos Frentistas do estado de São Paulo, Luiz Arraes, disse que os congressistas que retiram direitos dos trabalhadores vão ter as respostas nas urnas e terão que aguentar o povo nas ruas.

ES- No Espírito Santo a maior concentração foi em frente à sede do BNDES, em Vitória. O presidente do Sindicato dos Frentistas, Wellington Bezerra, toda a sua diretoria, funcionários e trabalhadores da categoria foram para as ruas protestar.

SUL

PARANÁ- No Paraná, primeiro estado da Federação a aderir ao movimento do dia 28 de abril, as manifestações tiveram início nos primeiros minutos do dia. O Sindicato dos Frentistas de Curitiba fechou mais de 90 postos de combustíveis na capital do estado. Até os religiosos franciscanos aderiram as manifestações em Curitiba. Em Londrina, Maringá e Cascavel os dirigentes dos frentistas também foram às ruas lutar contra as reformas.

CENTRO-OESTE

Os frentistas do Tocantins também marcharam contra as reformas, assim como os dirigentes do Sindicato da categoria em Mato Grosso do Sul.

DF- No Distrito Federal, o presidente do Sindicato dos Frentistas, Carlos Alves, participou das manifestações ao lado de grupos indígenas. Na capital do país, os trabalhadores montaram barreiras de fogo nas ruas para impedir a circulação dos transportes. Os protestos que duraram todo o dia, terminaram com tumulto em frente à casa do presidente Temer.

GO- Em Goiás, o presidente do sindicato da categoria Hélio Araújo, participou da manifestação que levou milhares de trabalhadores à principal via da cidade.

NORDESTE

No Rio Grande do Norte, os frentistas foram às ruas pela garantia dos direitos dos trabalhadores. O presidente do Sindicato, Raimundo Luiz Sena, liderou a marcha em defesa do Brasil e contra a reforma trabalhista. Os frentistas de Pernambuco participaram das manifestações em Recife contra as reformas.

NORTE

Os Sindicatos dos Frentistas de Rondônia e Pará, no norte do país, fizeram valer a força da categoria e foram às ruas liderando os trabalhadores nos protestos contra os projetos que retiram direitos dos trabalhadores.

MOVIMENTO

O presidente da FENEPOSPETRO critica os políticos que representam as oligarquias no país, que chamaram de vagabundos os trabalhadores que adeririam ao movimento. Segundo Eusébio Pinto Neto, nos locais onde foram registrados violência os ataques foram iniciados pela polícia. A pátria mostrou o seu rosto diversificado. Índios, brancos, negros, religiosos, crianças, gente de todos os credos, partidos e ideologias. Todas as bandeiras sintetizadas numa só: a bandeira dos trabalhadores, que exigiram um basta aos abusos e desmandos do governo e dos parlamentares, que covardemente açoitam o povo brasileiro. Para Eusébio Neto, este foi o primeiro de uma série de protestos que deverão ocorrer ainda este ano, para impedir que as propostas que retiraram direitos passem a vigorar no país.

*Estefania de Castro, assessoria de imprensa Fenepospetro

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