12/12/2017 – terça-feira
O governo insiste em divulgar na grande mídia propaganda enganosa sobre supostos benefícios das reformas, especialmente a da Previdência, que pode ser votada a qualquer momento. O contra ataque do movimento sindical vem também através da comunicação.
No entanto, “é preciso melhorar a comunicação com os trabalhadores das bases”. É o que diz o jornalista André Cintra, assessor da Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil). Ele foi entrevistado dia 8 no Programa da Sexta, da Rádio Web Agência Sindical.
Ele avalia que, apesar da reforma trabalhista ter passado, o movimento sindical conseguiu decodificar a mensagem. “Só que ainda falta uma aproximação maior com os trabalhadores da base. É preciso articular a comunicação e também a entidade sindical. É um trabalho em conjunto”, alerta André.
Prado Jr entrevista o jornalista André Cintra na Rádio Web Agência Sindical
Segundo o jornalista, “a comunicação faz parte de um projeto de planejamento. Tem que investir em comunicação, mas de forma planejada e articulada com a organização do Sindicato. A comunicação é decisiva, mas a imagem do Sindicato não depende só dela”.
1917 – Em outubro deste ano, o Centro de Memória Sindical lançou uma revista sobre os 100 anos da primeira greve geral no Brasil. Foi em 1917, na cidade de São Paulo. André Cintra participou da produção dessa revista.
“Foi uma experiência única. Na época da greve, a comunicação era feita através de impressos muito precários. Mesmo assim, os trabalhadores se mobilizaram e fizeram uma greve geral, a primeira que se tem notícia no Brasil”, comenta.
André Cintra afirma que, além de fazer uma boa comunicação, é preciso que o movimento sindical se volte mais para as suas bases. “Nós vamos construindo os caminhos. Eu acho que a crise produziu respostas. Fez ressurgir o espírito de luta e de resistência. No entanto, é necessário falar e ouvir mais os trabalhadores do chão de fábrica”, diz.