O Globo Online
Daiane Costa
27/04/2018 – O número de empregados com carteira assinada no país caiu para o menor nível da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua do IBGE, iniciada em 2012. O contingente de trabalhadores, de 32,9 milhões, caiu 1,2% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2017 e 1,5% frente ao primeiro trimestre de 2017. A taxa de desemprego brasileira recuou para 13,1% no primeiro trimestre do ano, em relação ao desempenho do mercado de trabalho em igual período de 2017, quando foi de 13,7%.
O perfil da geração de emprego nos últimos meses, concentrada muito no trabalho informal, tem sido apontado por especialistas como um dos fatores a dificultar uma retomada mais consistente da atividade econômica.
O trabalhador informal ou que atua por conta própria costuma ser mais reticente na hora de tomar empréstimos ou voltar a consumir. Como a renda do informal é mais instável, esse trabalhador tende a ser mais cauteloso com os gastos.
O número de empregados sem carteira de trabalho assinada foi estimado em 10,7 milhões de pessoas. Esse grupo reduziu em 402 mil pessoas em relação ao trimestre anterior e teve adição de 533 mil trabalhadores na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
O rendimento médio real habitual, estimado em R$ 2.169 neste primeiro trimestre de 2018, está estável há um ano, se comparado com o resultado dos três meses anteriores. A última mudança significativa nesse valor, segundo o IBGE, ocorreu no primeiro trimestre do ano passado, quando foi registrada alta de 1,4%.