Silvestre, do Dieese, aponta melhora nas negociações coletivas

A série “Sindicalismo e Conquistas”, no Repórter Sindical na Web, terminou quinta (24) com entrevista do coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre Prado. O programa, na TV Agência Sindical, é apresentado pelo jornalista João Franzin.

Silvestre fez o balanço da evolução das negociações salariais, observando que, em 2017, houve melhora em relação a 2016. “Cerca de 63% dos reajustes obteve ganho real. Em 2016, esse índice era de 20%”, conta. O Dieese faz balanços semestrais de 700 campanhas salariais. Este ano, acompanha o resultado mensal das negociações por categoria, em acordos gerais ou coletivos. O objetivo é medir o impacto das novas regras trabalhistas.

“A economia patina. E a lei traz dificuldades para as negociações. Porém, a variável importante nas campanhas é a inflação baixa, que dá margens para aumentos reais”, afirma. Silvestre constata que muitas negociações sofrem atraso, e muito por causa da resistência sindical. “Os dados mostram queda no número de Convenções registradas no sistema mediador. Muitos Sindicatos optam pela negociação por empresa”.

Balanço – A nova lei trabalhista impacta as negociações. “Em 2018, os dados apontam que, até maio, houve melhora na proporção de acordos acima da inflação”, comenta. Silvestre Prado observa que o sindicalismo encontra mais dificuldades pra manter cláusulas das Convenções do que na hora de negociar reajuste. “A resistência principal é para manter conquistas obtidas a duras penas”, diz.

Insegurança – Na avaliação do coordenador do Dieese, ao contrário do que pregou o governo pra impor a lei trabalhista, a segurança jurídica não aumentou. Ele argumenta: “Existe muita controvérsia nas negociações e também receio das empresas. Por isso, muitas não aplicam a lei ao pé da letra”.

Assista – O programa já está disponível em nosso canal do YouTube. Assista e compartilhe.

AGENCIA SINDICAL

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