O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, avalia que os efeitos negativos da reforma trabalhista poderão ser amenizados por meio de Medida Provisória. O sindicalista esteve com o presidente Michel Temer terça (13), a fim de “buscar alternativas para a construção de uma MP que corrija alguns dos efeitos que esse projeto poderá trazer”.
Patah reiterou o descontentamento da UGT com a proposta em análise no Congresso. O presidente da Central critica, por exemplo, os obstáculos para que a homologação de rescisão contratual seja nos Sindicatos. “Ou seja, é a empresa quem vai resolver, decidir e acertar com o próprio trabalhador as verbas rescisórias”, critica.
Ele também comentou o ponto que trata da escolha de interlocutor de trabalhadores em negociações coletivas. “Outra questão é a eleição dos trabalhadores em estabelecimentos com mais de 200 funcionários. Com isso, a empresa poderá nomear quem vai ser o interlocutor nas negociações coletivas”, critica.
Tragédia – Segundo Patah, isso representará “uma tragédia” para com os trabalhadores. “Atualmente esse projeto permite a negociação individual do empresário com o trabalhador, ferindo os princípios constitucionais na relação capital e trabalho”.
A expectativa da UGT é que a MP seja elaborada com a ajuda de lideranças parlamentares, das Centrais e confederações patronais.
Mais informações: www.ugt.org.br
Via Agência Sindical